O Menino da Mala

Nome: O Menino da Mala
Título Original: Drengen I Kufferten
Autor: Lene Kaaberbøl e Agnete Friss
Editora: Arqueiro
Livro: Skoob | Orelha de Livro
Sinopse:

“Você adora salvar as pessoas, não é? Bem, aqui está a sua chance.” Mesmo sem entender o que sua amiga Karin quer dizer com isso, Nina atende seu pedido e vai até a estação ferroviária de Copenhague buscar uma mala no guarda-volumes. Dentro, encontra um menino de 3 anos nu e dopado, mas vivo. Chocada, Nina mal tem tempo de pensar no que fazer, pois um brutamontes furioso aparece atrás do garoto. Será que ela está diante de um caso de tráfico de crianças? Sem saber se deve confiar na polícia, ela foge com o menino e vai à procura de Karin, a única que pode esclarecer aquele absurdo. Quando descobre que a amiga foi brutalmente assassinada, Nina se dá conta de que sua vida está ameaçada e que o garoto também precisa ser salvo. Mas, para isso, é necessário descobrir quem ele é, de onde veio e por que está sendo caçado. Neste primeiro livro da série da enfermeira Nina Borg, vendido para 27 países, as autoras Lene Kaaberbøl e Agnete Friis apresentam uma heroína que luta contra seus demônios e busca fazer justiça em meio à crueldade e à indiferença do mundo.


Enfermeira dedicada, que trabalha ajudando imigrantes ilegais vindos do leste europeu e da África para a Dinamarca, Nina gosta de ajudar os outros, apesar de ter vários problemas familiares próprios que não consegue responder. Quando antiga amiga Karin liga pedindo ajuda, ela não consegue recusar e vai buscar a encomenda que está deixando a amiga tão apavorada. E qual não é sua surpresa ao encontrar, dentro de uma mala, um pequeno garoto inconsciente? Voltando ao lugar onde pegou a mala, ela vê um homem irritado socando o armário e percebe que ele está atrás do garoto. Disposta a salvá-lo, ela foge com ele, com medo de levá-lo para a polícia e o homem encontrá-la. Quando ele acorda, ela percebe que ele fala uma língua que não conhece, entretanto sabe que se o levar para um centro de refugiados, ele pode ser sequestrado novamente a qualquer minuto.

Ao mesmo tempo, acompanhamos Sigita, da Lituânia, que acorda no hospital e descobre que seu filho foi sequestrado. Apesar de no início ela achar que estava com o pai, de quem ela é separada, fica claro para o leitor que é o mesmo garoto que Nina achou.

O livro é cheio de pontos de vistas diferentes, além desses ainda tem o de Jan, empresário rico e patrão de Karin, que havia pedido que ela pegasse a encomenda. E de Jucas - não sei como fazer aquele c com o ^ ao contrário em cima -, o homem que chutava o armário, irritado pois o dinheiro que lhe havia sido prometido em troca do garoto não estava ali.

No início, eu fiquei um pouco irritada com a constante troca do foco de narração, afinal, muito do mistério era estragado já que sabíamos o que estava acontecendo em todos os lugares, o tempo todo. Ao final do livro, me surpreendi bastante com vários fatos e admiro que as autoras tenham conseguido esconder tantos fatos mesmo com as diversas narrações, mas continuo achando que se tivesse sido só o ponto de vista da Nina e da Sigita, as surpresas seriam ainda maiores.

Comecei achando o livro um pouco lento, tanto que demorei por volta de uma semana, o que para um livro fininho desses é bastante, mas quando passei da metade tudo começou a se encaixar e eu corri para ler o final. Pela quantidade de personagens, nem todos são muito bem desenvolvidos, mas eu gostei que todos tem aquela moralidade cinza, mesmo os vilões, você consegue ver que não são pessoas completamente ruins, por piores que sejam.

Minha personagem preferida foi Sigita e só queria abraçá-la. Gostei bastante de Nina também, mas considerando que a série é sobre ela e vão ter outros livros, pensei que as autoras pudessem ter dado um foco maior nela. Temos algumas passagens em que conhecemos um pouco mais de sua vida pessoal, sua família, mas são muito curtas e poderiam ter sido mais exploradas. Principalmente o relacionamento dela com Morten. Pretendo ler os próximos livros da série quando forem lançados no Brasil, espero que eles sejam mais voltados para ela e menos para os personagens secundários.

Sobre o mistério, não tenho muito como falar sem acabar revelando o final. Confesso que fiz pouco caso dele no início e achei que já tinha desvendado tudo, mas me surpreendi quando chegou no final e não era exatamente o que eu estava pensando. Não chamaria o caso de genial, mas foi interessante. É um estilo de literatura um pouco diferente da que estou acostumada, mas não deixa de ser boa.

Nota: 4

Sobre mim: Flávia Crossetti, 18 anos, carioca. Estudante de Psicologia, leitora compulsiva, viciada em séries, escritora de fanfic e feminista nos tempos vagos.

You May Also Like

0 Veja quantos dragões pousaram aqui!