A Espada do Verão


Título: Magnus Chase e os Deuses de Asgard - A Espada do Verão #1
Autor: Rick Riordan
Editora: Intrínseca
Páginas: 438
Ano: 2015
Livro: Skoob
Sinopse:

A vida de Magnus Chase nunca foi fácil. Desde a morte da mãe em um acidente misterioso, ele tem vivido nas ruas de Boston, lutando para sobreviver e ficar fora das vistas de policiais e assistentes sociais. Até que um dia ele reencontra tio Randolph – um homem que ele mal conhece e de quem a mãe o mandara manter distância. Randolph é perigoso, mas revela um segredo improvável: Magnus é filho de um deus nórdico. As lendas vikings são reais. Os deuses de Asgard estão se preparando para a guerra. Trolls, gigantes e outros monstros horripilantes estão se unindo para o Ragnarök, o Juízo Final. Para impedir o fim do mundo Magnus deve ir em uma importante jornada até encontrar uma poderosa arma perdida há mais de mil anos. A espada do verão é o primeiro livro de Magnus Chase e os deuses de Asgard, a nova trilogia de Rick Riordan, agora sobre mitologia nórdica.


Capítulo 1
BOM DIA! VOCÊ VAI MORRER.

É, eu sei. Vocês vão ler sobre como eu morri em agonia, e vão estar tipo, "Uau! Isso parece legal, Magnus! Eu posso morrer em agonia também?". Não, apenas não. Não saia pulando de nenhum telhado. Não saia correndo por uma autoestrada ou coloque fogo em si mesmo. Não funciona desse jeito. Você não vai acabar onde eu acabei. Além do mais, você não iria querer lidar com a minha situação. A não ser que tenha alguma vontade maluca de ver guerreiros mortos se fazendo em pedaços, espadas voando para cima de narizes gigantes e elfos sombrios com roupas irritantes, você não deveria sequer pensar em encontrar os portões com cabeça de lobo. Meu nome é Magnus Chase. Eu tenho dezesseis anos. Essa é a história de como minha vida foi ladeira abaixo depois de eu ter me matado.

Eu acho que a melhor maneira de começar essa resenha ainda mais depois de tanto tempo sem escrever, é com o começo do livro. Porque, sério, se minha resenha não for convincente, esse começo tem que ser. Porque eu juro que a minha meta era ler esse livro devagar, mas depois disso, eu não consegui mais. Acho que às vezes eu esqueço como a escrita do Tio Rick me prende.

Magnus Chase (como vocês podem notar, relacionado à Annabeth Chase e não, eu não me toquei que ela era ela de verdade até o fim. Porque eu estava por fora das notícias e porque eu fiquei me perguntando se ele realmente faria. Mas é claro que faria. É o Tio Rick, ele adora mexer com as nossas cabeças. Voltando...) tem dezesseis (ou dezessete, não foi aniversário dele ali no caminho?) anos e morreu. E eu achava que um livro não poderia acabar ainda mais com um personagem. Mas é.

Após uma explosão em seu apartamento há dois anos, que matou sua mãe, Magnus passou a viver nas ruas, aprendendo do jeito duro a vida de um sem-teto. Apesar de ter parentes vivos, ele se lembra muito bem como sua mãe o tinha alertado para ficar longe de seu tio, e assim ele o faz, vivendo nas ruas, fugindo da assistência social e da polícia. Sem perspectiva, ele vive um dia após o outro, com seus dois amigos Hearth e Blitz (Annabeth e Groover), que são conhecidos como seu pai e sua mãe nas ruas, visto que vivem cuidando e protegendo ele - e um detalhe: Hearth é surdo, e eu amei esse fato.

As coisas começam a ficar confusas na vida de Magnus quando Blitz o acorda dizendo que há pessoas distribuindo cartazes por aí com sua cara, e ele descobre serem seus parentes. Tentando fugir, mas ao mesmo tempo querendo descobrir porque justo depois de tanto tempo o seu tio convocou seu outro tio e sua prima para procurarem por ele, Magnus acaba numa ponte, onde um Gigante de Fogo o ataca, ele descobre que é filho de um deus e recupera a espada do verão de seu pai, perdida há muito e desejada por todos, por ser a lâmina mais afiada dos nove mundos. Infelizmente, Magnus morre esse dia.

Disseram que todo mundo sonha, que eu só não lembrava dos meus. Mas afirmo: dormir para mim sempre foi como estar morto. Até eu estar mesmo morto. Aí, sonhei como uma pessoa normal.

Porém, aí é que a história começa de verdade: com sua morte-nem-tão-morte. Nosso mais novo personagem favorito acaba indo parar no Hotel Valhalla, um prédio da pós-vida em que residem pessoas que morreram em batalha e/ou de maneira heroica, escolhidos pelas Valquírias (escolhidas pessoalmente por Odin para montar seu exército para o Ragnarök - Juízo Final), e sua valquíria é Sam, nem tão querida entre as valquírias (e muçulmana ♥). A vida no hotel é bem luxuosa para quem morava na rua: há um quarto com seu nome, montado do jeito que você sempre quis e nem sabia, refeições que são verdadeiros banquetes feitos com a carne de animais que morrem e ressuscitam apenas para o almoço e jantar e batalhas, batalhas muito sangrentas no melhor estilo One Last Standing, onde o exército de heróis treina se mata todos os dias para o Ragnarök.


Resumidamente, porque eu vejo que estou divagando muito nessa história, Magnus, Blitz, Hearth, Sam e a Espada do Verão entram em uma missão (me lembrou muito o Acampamento Meio-Sangue): parar os Gigantes de Fogo para que não libertem Fenrir, o lobo, e se dê início ao Ragnarök, destruindo os nove mundos.
Mas como nada nessa vida é tão fácil, há muito chão e muita coisa envolvida, e antes que você se dê conta, já está enfiado de cabeça em mais uma história maravilhosa de mitologia escrita pelo Rick, aprendendo cada vez mais e enrolando a língua para falar esses nomes tão complicados que tem nesse livro.

- Hlidskjalf. Tem h no começo e f no final. A primeira letra deve soar como se vocês estivesse se preparando para cuspir.
- Pensando bem, não dou a mínima.

A escrita do Tio Rick é única, continua naquela suavidade, nos ensinando e nos puxando cada vez mais para dentro da história, com ótimas tiradas e jogando um pouquinho das outras séries para brincar com o coração dos fãs. Como o fato de Magnus odiar a cor azul e o nome do Capítulo 48: Hearthstone desmaia mais que Jason Grace (embora eu não faça ideia de quem seja esse cara). Outro ponto é que, aqui, nos deuses de Asgard, a magia acontece através de runas! Achei isso ótimo para fazer referência à verdadeira origem do Magnus (oi, tia Cass).

Os personagens são apaixonantes. E é muito legal que o Rick nos dê personagens diferentes, que não são apenas aquele mais-do-mesmo, como o Hearth e sua linguagem de sinais, que descrita no livro fica legal e muitas vezes engraçada, e também como a Sam, Samirah, que é muçulmana, usa hijab e até temos um pouco da vida dela com sua família.
Outra coisa é a visão dos deuses. Eu adoro como ele deixa os deuses tão humanos às vezes - apesar de que isso realmente acabou com a minha visão do Thor. Talvez assim fique mais realista.

A questão do destino, Magnus, é a seguinte: mesmo que não possamos mudar o cenário, nossas escolhas podem alterar os detalhes. É assim que nos rebelamos contra o destino, como deixamos nossa marca. Que escolha você vai fazer?

Créditos: tumblr/niktropolis

Sendo muito sincera, fazia muito tempo que eu estava em abstinência de livros e leitura que não fossem acadêmicos. O Magnus me tirou disso sem esforço nenhum. Para os fãs dos outros livros do Tio Rick, esse vem como uma luva para matar a saudade, principalmente porque eu sinto que não é só a Annabeth que vai acabar aparecendo nisso tudo. Essa mistura de séries e ressuscitação de personagens que supostamente não voltariam mais (no sentido da série acabar) é uma coisa que outros autores deveriam tentar. Nossa vida seria mais feliz (fica a dica, Maggie, Cass, Holly, JK...).

A espada pulsou, quase como se tivesse rindo. Imaginei-a dizendo: Uma caneta que vira uma espada. É a coisa mais idiota que já ouvi.


P.S.: Posso quotar o livro inteiro aqui? :(
P.S.S.: Depois de muito tempo eu voltei, UHU! E tô pensando em dar um presente pro blog, porque, pra quem não sabe: semana passada fizemos 5 anos \o/ então estamos procurando algo mais clean, quem sabe em breve, pós-provas? Stay tuned!

Nota: 5



Sobre mim: Letícia Proença (Leeh), 21 anos, estudante de Medicina Veterinária em Botucatu, até hoje não sabe como leva a graduação e a paixão por sites e livros lado a lado. Canceriana louca, gostaria de saber como aumentar as horas do dia para poder fazer tudo o que gosta.

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