Tudo e todas as coisas

Título: Tudo e Todas as Coisas
Título Original: Everything, everything
Autora: Nicola Yoon
Editora: Novo Conceito
Ano: 2016
Páginas: 304
Tradução: Amanda Orlando
Livro: Skoob
Sinopse:

"Minha doença é tão rara quanto famosa. Basicamente, sou alérgica ao mundo. Qualquer coisa pode desencadear uma série de alergias. Não saio de casa. Nunca saí em toda minha vida. As únicas pessoas que já vi foram minha mãe e minha enfermeira, Carla. Eu estava acostumada com minha vida até o dia que ele chegou. Olho pela minha janela para o caminhão de mudança, e então o vejo. Ele é alto, magro e está vestindo preto da cabeça aos pés. Seus olhos são de um azul como o oceano. Ele me pega olhando-o e me encara. Olho de volta. Descubro que seu nome é Olly. Talvez eu não possa prever o futuro, mas posso prever algumas coisas. Por exemplo, estou certa de que vou me apaixonar por Olly. E é quase certo que será um desastre."

Maddy é uma menina que vive praticamente dentro de uma bolha, trancada entre paredes da casa. Ela observa a vida passando do lado de fora da janela, sabendo que nunca poderá chegar lá. Ela tem atividades regulares semanais, estuda pelo computador e vive dia após dia encarando a realidade de sua doença. Maddy nasceu com uma patologia chamada de Imunodeficiência Combinada Grave. Em outras palavras, ela tem alergia ao mundo. Tudo que a tocar pode ser um risco sério para sua baixa imunidade. Sua mãe é médica e a diagnosticou cedo, e Maddy sabe que tem de agradecê-la por isso. Ela perdera o pai e irmão antes que sua mente pudesse registrar lembranças deles, e agora Maddy é tudo o que a mãe tem, e vice-versa. Para auxiliá-la nas tarefas do dia a dia, sua mãe contratou Carla, uma enfermeira que Maddy passou a considerar uma amiga. Em dezoito anos, elas eram as únicas pessoas na qual ela convivia.

Mas isso estava prestes a mudar.


Uma família nova chega à casa da frente. Um pai, uma mãe, uma filha e um filho. Depois de observá-los por um tempo, Maddy descobre que o garoto alto que só se veste de preto se chama Olly. Ele olha de vez em quando para a janela de Maddy e acena. Até mesmo tenta visitá-la, msd a mãe não permite. Mas quem disse que Olly é de desistir fácil? Persistente, ele escreve seu e-mail na janela, e assim se inicia a amizade que fará a vida de Maddy dar voltas pela primeira vez.

A relação deles é singela e delicada. Mesmo sem saber, eles precisam um do outro para se fortalecer. Olly mostra à Maddy sensações que ela nunca imaginou existirem. O simples palpitar de coração, a falta de ar, a importância de um toque, ainda mais sendo proibido. Olly tem muitos problemas em casa e encontra em Maddy um refúgio. E ela, por outro lado, encontra em Olly uma chance. Encontra tudo o que esteve perdendo escondida dentro de casa. E, às vezes, também deseja que nunca tivesse o conhecido. Era mais fácil daquele jeito.

Acho melhor não dar muitos detalhes da história e deixar pra que vocês descubram sozinhos. É um livro simples, baseado na relação dela com as pessoas ao seu redor, suas limitações, medos e, principalmente, sonhos. Como disse Olly em uma passagem, Maddy é como um bebê que não teme o desconhecido por não ter noção de que aquilo pode machucar. Ela é corajosa e se joga de cabeça em tudo e todas as coisas, sabendo que pode ser a última chance.

- É sempre assim? - pergunto, ofegante.
- Não - diz ele. - Nunca é assim. - percebo o encantamento na voz dele.
E, assim, tudo muda.

A edição ficou tão linda que tive vontade de fotografar o livro inteiro e colocar aqui. O marcador é espetacular, delicado, completamente amável. Algumas páginas contem desenhos, listas ou e-mails. É algo bem feminino, do jeitinho de uma adolescente nas nuvens.

Mas se vocês acham que é mais um daqueles típicos sick-lit, podem esquecer. O final é surpreendente, daqueles que você não espera de forma alguma. Adorei, devorei o livro em poucas horas, e posso dizer que sim, esse livro é tudo e mais um pouco do que falam a respeito!

Nota: 5

Sobre mim: Carolina Rodrigues, 21 anos, mora em Santos e cursa faculdade de Biomedicina. Adora dançar e ir pra praia, mas o que a faz realmente feliz é poder passar um dia inteiro lendo, vendo séries, escrevendo histórias ou ouvindo música.

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