Jogos Macabros

Título: Jogos Macabros
Título Original: Party Games
Autor: R. L. Stine
Série: Rua do Medo #52
Editora: Globo Alt
Ano: 2016
Páginas: 280
Tradução: Alice Klesck
Livro: Skoob
Sinopse:

Conhecido mundialmente por seus livros de terror e suspense, com centenas de milhões de exemplares vendidos, R. L. Stine desponta no cenário da ficção juvenil pela genialidade na criação de enredos sinistros. O“Stephen King da literatura juvenil” ficou famoso na década de 1990 com a aplaudida coleção Rua do Medo. Quase duas décadas depois do último volume, Stine atende aos pedidos dos leitores e lança o livro inédito Jogos macabros, publicado no Brasil pela Globo Alt.
Tal como os outros títulos da coleção, a história se passa na velha cidade de Shadyside, nos EUA, conhecida por ser palco de acontecimentos misteriosos e aterrorizantes envolvendo os alunos da escola local. Todos na região conhecem a excêntrica e rica família Fear, e sabem também do passado terrível que os assombra. Apesar desses histórico nada promissor, Brendan Fear parece ser um garoto diferente de sua família. Gentil e simpático, o jovem vive rodeado de colegas e chama a atenção de Rachel Martin, uma garota simples, colega de classe dele.
Quando o aniversário de Brendan está prestes a chegar, ele começa a planejar uma comemoração um tanto diferente na isolada ilha do Medo, onde existe um casarão de veraneio pertencente à família Fear. Rachel é uma das convidadas para passar o final de semana no local sombrio e, contrariando os avisos dos amigos, decide ir. No caminho, coisas estranhas já começam a acontecer e, ao chegarem à mansão, Brendan dá as coordenadas para o início de um jogo que se revelará o mais mortal de todos.
Repleto de reviravoltas, Jogos macabros mantém o leitor apreensivo da primeira à última página. Como todo bom enredo de R. L. Stine, a história dá espaço a fantasmas, assassinato, traição e romance, e marca, enfim, um retorno triunfal do autor à Rua do medo.

Se você está esperando por terror, por favor, não cometa o mesmo erro que eu e tire logo o coitado do cavalo da chuva.

Tomem nota: Quanto mais amedrontadora a capa, menos aterrorizante é a história.

Será que algum de nós vai sobreviver?
Algum de nós vai sair desta ilha e voltar pra casa?

Depois que o pai de Rachel perdeu o emprego, ela arranjou o trabalho perfeito numa lanchonete, a três quadras de sua casa, e também perto do colégio, o que a deixava meio constrangida, já que muito dos alunos que a conheciam passavam por lá. É num dia desses de trabalho que ela encontra Brendan com Eric, Kerry e Patti. Ela tem uma relação boa com Kerry e Patti, o casal que diz ser só amigo, mas que todo mundo sabe bem como funciona a tal amizade deles, e também com Eric, que vive dando em cima dela e de meia dúzia de outras garotas da escola, mas o verdadeiro crush de Rachel é Brendan.

Porém, contudo, todavia, entretanto, o sobrenome Fear que acompanha o seu nome é carregado de um passado sombrio. A ilha onde a casa (quase um castelo) de veraneio deles ficava ganhou o nome de Fear graças aos antepassados de Brendan, e os cidadãos de Shadyside não se atreviam em passear por lá. Haviam boatos de que nem mesmo os pássaros sobrevoavam aquela área. As histórias contavam que a família Fear foi a primeira colonizadora da cidade, e que haviam sido amaldiçoados por praticarem magia negra. Todos evitavam aquela região, mas quando Brendan convida Rachel para ir à sua festa de aniversário, ela aceita na hora.

Amy, sua melhor amiga, tenta fazer Rachel mudar de ideia, mas ela está decidida e considera a insistência da amiga apenas inveja, já que não foi convidada. Além disso, Rachel anda fugindo de Mac, seu namorado, que não aceita ser ex-namorado, e uma festa que durará a noite toda é uma oportunidade maravilhosa para deixar os problemas um pouco de lado.

No entanto, quando entra no barco em direção à Ilha do Medo, ela começa a pensar em todas as histórias sobre a família. E se fossem reais? E se eles estiverem correndo pros braços do perigo? Não, Brendan não era assim. Ele era confiável. A paranóia era só resultado da insistência de Amy e Mac para que ela não fosse. Amy até podia ter tido um pressentimento ruim quanto a festa, mas isso não significava nada, não é?

Uma onda de felicidade me dominou. De repente, estava toda empolgada. Ali estava eu, naquela mansão incrível, com o grupo mais legal da escola, sem os pais de ninguém por perto, com uma comida incrível e cerveja liberada. E o cara por quem eu sempre tive uma queda estava me dando bola.
Será que era o melhor dia da minha vida?

Acontece que a ideia de “festa” de Brendan é diferente do resto dos seres humanos. Não é a toa que o consideram estranho. Apesar de ter um sorriso encantador, de acordo com a Rachel. Ele dá uma lista para cada convidado com itens que eles deverão procurar, como uma caça aos tesouros. Seus empregados espalharam os itens pela casa, então nem ele sabe a localização dos mesmos. Não é a toa que Brendan era conhecido como nerd, também, fissurado em jogos. Porém, como a casa é antiga, muitas das luzes nem mesmo funcionam, e o grupo de convidados é desafiado a procurar os itens sob a escuridão dos corredores extensos da casa. Nada bom.

Só digo uma coisa: Rachel deveria ter escutado a Amy.

Depois disso, um número de eventos sinistros e fatais leva a história a um rumo totalmente nonsense. Eu estava gostando pra valer do começo, cheio de tensão e mistério, até que uma parte é revelada, e em seguida emendada com algo completamente fora do proposto na sinopse, o que tornou a obra muito, mas muito decepcionante! Parece que o autor não decidiu qual caminho desejava trilhar, e resolveu misturar todos num lugar só.

A escrita do autor é leve e agradável, mas meus olhos arregalavam toda vez que eu lia “- Nãããããããão!”. Sério, gente?

O livro é narrado em primeira pessoa pela Rachel e dividido em quatro partes. Li um livro semelhante esses dias sobre jogo/luta pela sobrevivência, também de terror, mas Jogos macabros se perdeu totalmente, numa reviravolta que até pode agradar alguns leitores, mas para aqueles que esperavam por terror de arrepiar, não funciona. Eu gosto de livros juvenis do gênero, mesmo com clichês, mas o problema foi o autor propor uma coisa para no fim não cumprir. Ponto positivo só pro Eric, que foi um personagem sensacional, super divertido e cativante.

Nota: 3


Sobre mim: Carolina Rodrigues, 21 anos, mora em Santos e cursa faculdade de Biomedicina. Adora dançar e ir pra praia, mas o que a faz realmente feliz é poder passar um dia inteiro lendo, vendo séries, escrevendo histórias ou ouvindo música.

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